Autor: Paula Alexandra Marques Fernandes
A obtenção do título profissional de Enfermeiro Especialista e o grau de Mestre, é conseguido mediante um processo formativo que abrange um estágio profissional, na qual o estudante deve demostrar as capacidades, conhecimentos adquiridos e o desenvolvimento de competências preconizadas pela Ordem dos Enfermeiros e as competências definidas pelos Descritores de Dublin para o 2º ciclo de ensino. Assim, começámos este percurso com a execução de um projeto de estágio, em que planeámos estratégias, atividades e competências a desenvolver, tendo como premissa a resolução de um problema reconhecido. A área de interesse selecionada foi “A Enfermagem de Reabilitação na Promoção da Reeducação Funcional Respiratória, no idoso com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica em contexto domiciliário”. A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma doença respiratória crónica incapacitante, considerada responsável pela perda da qualidade de vida do doente/família, comportando assim uma enorme sobrecarga social e económica ao nível da saúde e da sociedade. Tendo em conta as necessidades do doente/família diagnosticadas através da avaliação das suas capacidades e limitações funcionais, são então ajustadas as intervenções do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação. No contexto selecionado para a aplicabilidade desta temática foram encontradas algumas condicionantes, pelo facto de ser ainda uma doença muitas vezes subdiagnosticada, bem como, pela carência de referenciação dos profissionais de saúde. Este relatório tem como premissa espelhar a análise reflexiva do processo formativo no desenvolvimento de competências para o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação e grau de Mestre. Ao longo da realização dos dois estágios, foi dado especial enfâse à comunicação com os pares e com a equipa multidisciplinar, contributo essencial para a melhoria da segurança dos cuidados, bem como para o estabelecimento da relação terapêutica com o doente/família. Para fundamentar o exercício profissional, foi utilizada a Teoria de Enfermagem de Dorothea Orem, em que a enfermagem intervém na promoção da funcionalidade do doente, perante o autocuidado em défice, maximizando a sua autonomia.